Antracnose é o nome de um fungo bastante recorrente em épocas quentes e com clima chuvoso. Neste artigo nós vamos explicar um pouco a respeito do que você pode fazer para identificar e evitar que esse incômodo adicional ― muito comum durante o verão ― prejudique sua colheita. Acompanhe!
O que é antracnose?
Como adiantamos, antracnose é um fungo que ataca os frutos, mas antes disso ele já está presente nas próprias plantas. Como se não bastasse, mesmo após a colheita pode haver infecção por esta praga. A frequência de chuvas e o clima quente favorecem a disseminação e a infecção, que costuma aparecer em lavouras ― como de soja, tomate, pimentão (e pimentas em geral), berinjela e morango ―, pomares ― em especial, de banana, mamão, maracujá e maçã ― e até em florestas e plantas ornamentais.
Plantas fracas, com carência de nutrientes como potássio e cálcio, são muito vulneráveis à antracnose. Quando as raízes também são frágeis, as condições para proliferação do fungo também aumentam. Nessas duas situações, o espalhamento da doença é rápido, principalmente se existir muita matéria orgânica próxima à plantação e a ventilação for reduzida.
Normalmente, a contaminação ocorre no processo de irrigação ou até mesmo com a chuva. Contudo, não é tão simples identificar a origem, já que ela também permanece em plantas mortas e frutos caídos. Então, o melhor caminho é saber identificar e manter os cuidados para assegurar o controle máximo da proliferação dessa praga.
Como identificar a antracnose
Nos frutos, a antracnose se manifesta na casca, geralmente por meio de manchas arredondadas e escuras e com aquelas pequenas saliências que podem ser facilmente confundidas com áreas de podridão. Normalmente, é possível perceber um contorno amarelado ao redor da região escura. Ao centro, há pontos na cor laranja ou em um tom róseo, que corresponde à estrutura de reprodução dos fungos.
Porém, antes mesmo de ficar visível nos frutos, as próprias plantas já apresentam sinais de contaminação. Nas folhas, o sintoma geralmente se manifesta com manchas nas bordas ou mesmo no veio delas (onde a água costuma acumular). Se as folhas estiverem secas e passarem a cair, formando cancros nos ramos e troncos, fique atento! A propagação da antracnose pode resultar na morte da planta inteira. E como dissemos, não basta eliminar a parte contaminada, pois o fungo permanece nas folhas mortas.
Outro alerta é sobre a necessidade de certeza de que essas anomalias correspondem à antracnose. As características que apresentamos aqui têm a intenção apenas de facilitar a identificação para você tomar providências, mas ela pode se assemelhar a outras doenças. Assim, a primeira atitude diante de uma suspeita deve ser buscar um laboratório para avaliar as amostras e confirmar que se trata, realmente, desse tipo de fungo. Consequentemente, o tratamento fica mais preciso.
Como cuidar para evitar a propagação do fungo
Já mencionamos o quanto raízes e culturas frágeis nutricionalmente são mais suscetíveis a ataques agressivos de fungos e outras pragas, não é mesmo? Com a antracnose, não é diferente. Por isso, o primeiro passo é reforçar o cuidado com os componentes nutricionais da plantação para aumentar a resistência da cultura à disseminação desse problema.
Em seguida, deve-se planejar a poda das áreas afetadas, mas é importante que isso ocorra no inverno, que é o período em que a força do fungo é menor por conta do clima mais ameno. Essas partes retiradas devem ser queimadas em local adequado para evitar que a praga fique esperando o contato com uma planta viva para contaminar.
Por fim, a aplicação de fungicidas é uma medida fundamental e indispensável, já que mesmo com a poda, é possível que o fungo esteja presente nas plantas.
Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor e auxilie você a identificar e tratar a antracnose, caso você se depare com ela em sua cultura. Se você tiver alguma experiência para compartilhar sobre este assunto, fique à vontade para deixar a sua mensagem no campo de comentários abaixo!
Regivan
7 maio 2021Deixe seu comentário