Entenda a diferença entre variedades tolerantes e resistentes

variedades tolerantes e resistentes

O cuidado com as pragas é uma das principais preocupações de quem trabalha no campo. E em qualquer pesquisa sobre as melhores práticas de plantio ou em conteúdos a respeito de como lidar com os problemas que as plantações enfrentam é comum aparecer a indicação do uso de variedades tolerantes e resistentes. Mas você sabe o que é isso e a diferença desses dois termos?

A diferença entre variedades tolerantes e resistentes

O uso de variedades tolerantes e resistentes é uma das medidas mais efetivas para fazer o controle adequado da lavoura. Apesar de existirem diversos inseticidas, herbicidas, fungicidas e outras técnicas para controle biológico ou mesmo manual das pragas, nem sempre é possível evitar adequadamente e de forma completa o surgimento de situações indesejadas.

Contudo, na prática, quando você lê sobre variedades tolerantes e resistentes, a diferença não é tão grande assim no que diz respeito ao significado. De acordo com especialistas¹, a resistência faz referência à habilidade da planta em suprimir, retardar ou prevenir a entrada ou a ação da praga na planta.

Trata-se de uma capacidade extremamente útil. Se ocorrer a supressão, quer dizer que o agente causador da doença vai ser destruído. Ou seja, a planta tem resistência suficiente para lidar com o patógeno. No caso do retardo, a contaminação até pode acontecer, mas vai demorar mais para se espalhar e causar danos. A prevenção impede que a praga sequer consiga entrar.

Em todo caso, mesmo que a cultura seja afetada, a doença pode nem chegar a se desenvolver. Independentemente do que a resistência proporcionar, a vantagem é que o produtor tem tempo suficiente para lidar com a situação e buscar meios de, em caso de infestação, conseguir controlar com mais eficácia.

Outro benefício é que a planta, de alguma maneira, fica protegida nos estágios mais frágeis, que são os iniciais, em que ela ainda está crescendo. Mais tarde, quando já está mais forte, a capacidade de resistência também aumenta. Então, o cuidado maior deve ser realmente nas primeiras fases de desenvolvimento da cultura.

Isso não significa, claro, que diante do uso de uma variedade resistente o cuidado deve ser interrompido. Muito pelo contrário! Como vimos, a resistência nem sempre é sinônimo de proteção integral à lavoura. Por isso, o uso dessas variedades deve ser considerado como apenas mais um dispositivo para assegurar a saúde da plantação.

Sobre as variedades tolerantes

Em relação às variedades tolerantes, a diferença não é muito grande do primeiro caso que apresentamos aqui. Basicamente, elas lidam com as pragas de maneira muito semelhante às resistentes, que oferecem uma boa resposta à doença e têm a chance de permitir ao cultivo se desenvolver. Porém, não há nenhuma garantia sobre a manutenção da produtividade.

Nas tolerantes, o diferencial está justamente neste aspecto: elas não só são menos afetadas quanto ao crescimento e desenvolvimento das culturas como também fazem isso sem causar perdas severas no que diz respeito à produtividade ou qualidade da colheita.

Como utilizar variedades tolerantes e resistentes

Quem produz no campo sabe que há uma variedade de espécies da mesma cultura que pode ser utilizada. O primeiro passo, então, é verificar quais pragas são mais comuns em decorrência do clima, do solo e das condições da terra de modo geral. Sabendo disso, vale pesquisar quais tipos de cultivares são mais resistentes a determinado patógeno.

Para quem planta em maior escala, o tratamento industrial de sementes pode ser uma alternativa, pois elas passam por alguns melhoramentos em laboratório para tolerar de uma maneira mais adequada e segura os diferentes riscos aos quais a cultura pode estar suscetível.

Lembrando que observar o manejo integrado de pragas é essencial para garantir a saúde da plantação e a produtividade da colheita. O uso de defensivos agrícolas também desempenha um papel fundamental na proteção da sua lavoura. Por fim, a garantia dos nutrientes adequados é muito importante, pois muitos dos problemas indesejáveis são consequência de uma falha nutricional.

Esperamos que este artigo seja esclarecedor e ajude você a conhecer melhor as alternativas para produzir ainda mais e melhor. Compartilhe este artigo com seus colegas e, em caso de dúvidas, fique à vontade para entrar em contato com a gente!

 

Referências

¹ Associação Brasileira da Batata.10

Compartilhe

Comentários

Questões comerciais ou técnicas relacionadas aos produtos Bel Agro serão respondidas diretamente pela nossa equipe. Demais questões serão tratadas pela própria comunidade usuária do blog.

Deixe seu comentário

Este campo é obrigatório

Este campo é obrigatório

O endereço de e-mail é inválido