O que são e como utilizar bioestimulantes na sua lavoura

bioestimulantes

Nós já mostramos aqui no blog o quanto o calendário de chuvas é uma ferramenta essencial para auxiliar no planejamento do ciclo produtivo no campo. Contudo, em determinadas circunstâncias, o produtor rural pode ter a necessidade de um suporte diante da previsão de um comportamento adverso do clima. Afinal, de pouco adianta a informação se não existe uma solução, não é verdade? É aí que entram os bioestimulantes. Você já ouviu falar deles?

Estes produtos, basicamente, são compostos biológicos utilizados nas lavouras com a intenção de melhorar as características nutricionais e fisiológicas das plantas. Como consequência, eles proporcionam resultados importantes na produtividade e na proteção a eventos inesperados, como estresse hídrico, estiagem, entre outras ocorrências que afetam o desenvolvimento dos cultivares, inclusive contra pragas e doenças.

Então, para que os danos sejam controlados e a lavoura não perca produtividade, os bioestimulantes podem funcionar como aliados valiosos. A aplicação desses produtos pode ser feita tanto diretamente na semente quanto, principalmente, via solo ou foliar. Como resultado, as plantas respondem de forma positiva em diversos processos metabólicos, contribuindo para o equilíbrio hormonal e estimulando o crescimento radicular.

Do que são constituídos os bioestimulantes

Existem diversos tipos de bioestimulantes, com concentrações e formulações diversas. Porém, de modo geral, eles são uma mistura de hormônios vegetais, microrganismos, nutrientes, extratos de algas marinhas e enzimas e podem ser classificados em quatro grupos principais. Veja só:

1 – Bioestimulantes biorreguladores

Também conhecidos como biorreguladores vegetais, tratam-se de substâncias sintéticas com ação parecida com a dos reguladores vegetais. Assim, são compreendidos pelos grupos das auxinas, giberelinas, citocininas, dos retardadores, inibidores e do etileno, cada um atuando em uma parte diferente da planta. Ainda que tenham baixo peso molecular, atuam de forma forte e abrangente em todo o corpo vegetal.

2 – Aminoácidos bioestimulantes

Aqui temos um exemplo de um bioestimulante bastante recomendado para casos de estresse abiótico, como falta de água, temperaturas extremas e salinidade. A prolina, as poliaminas e a arginina atuam para atenuar as consequências dessas ocorrências, pois colaboram na assimilação do nitrogênio das plantas.

3 – Substâncias húmicas bioestimulantes

Estas estão relacionadas à matéria orgânica do solo, pois são compostas, principalmente, pelas frações de ácidos fúlvicos, húmicos e humina.

4 – Extrato de algas

Algumas espécies de algas são conhecidas por auxiliarem na fixação do nitrogênio nas plantas e no controle do pH do solo. Em suas composições, podem haver mais de 60 elementos químicos que contribuem no desenvolvimento radicular e nos processos de floração, acúmulo de reservas e habilidade de suportar estresses pelas plantas. Ou seja, também são uma ótima alternativa para que o cultivar tenha resistência garantida em períodos extremos do clima.

Critérios de aplicação dos bioestimulantes

Uma dúvida que pode estar rondando a sua mente durante a leitura deste artigo é: mas qual é o papel desses bioestimulantes diante de um mercado repleto de fertilizantes tão eficazes no auxílio ao desenvolvimento dos cultivares? Bom, o fato é que eles se diferenciam entre si especialmente por serem, como acabamos de ver, derivados de materiais biológicos diversos.

Juntos, extratos de algas e de vegetais, preparos microbianos, matérias-primas animais, substâncias húmicas, resíduos e subprodutos derivados da agroindústria compõem um produto complexo, cuja ação reside exatamente nesta mistura, não na atuação de um composto individual. Quer dizer, os bioestimulantes influenciam as funções fisiológicas de vários órgãos vegetais de uma só vez, incluindo raízes, caules, folhas, flores e frutos.

De maneira geral, eles são bastante úteis nas culturas de trigo, milho, soja, café, melancia, feijão, maracujá, uva, tomate, amendoim, sorgo e cenoura. Especificamente no caso do milho, do trigo e da soja, já existem estudos avançados que demonstram a eficácia dos bioestimulantes no controle da temperatura foliar e na retenção de umidade nas plantas, contribuindo em períodos de estiagem.

Se após conhecer todos esses benefícios você ficou interessado em levar esta tecnologia para a sua lavoura, saiba que o processo não é trabalhoso! No caso da aplicação foliar, ela pode ocorrer via pulverização ou ser colocada diretamente no colo da planta (no caso da aplicação via solo).

A dosagem e o período de aplicação devem obedecer rigorosamente as indicações do fabricante para que a efetividade seja realmente sentida. Ah, e a ótima notícia é que a absorção é rápida, o que contribui para que os efeitos esperados não demorem a acontecer.

Agora que você aprendeu mais uma maneira de cuidar da sua plantação, lembre-se que a Bel Agro tem os produtos essenciais para garantir a proteção básica da lavoura em todas as etapas do ciclo produtivo. Além disso, aqui no nosso blog você tem acesso a outro elemento fundamental para o sucesso da sua colheita: informação de qualidade!

Fique sempre atento aos nossos canais e, em caso de dúvidas, fique à vontade para entrar em contato conosco ou deixar o seu comentário no espaço abaixo. Aproveite e compartilhe este conteúdo para apresentar os benefícios dos bioestimulantes também aos seus contatos!

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