Que os fertilizantes são essenciais para que uma lavoura seja produtiva não é novidade para nenhum agricultor. Mas você sabia que existem fatores capazes de prejudicar ou otimizar o aproveitamento dos nutrientes pelas plantas durante a adubação? Especificamente na fertilização foliar, é importante analisar alguns aspectos antes de optar por essa técnica.
O que é fertilização foliar
Nós já falamos aqui no blog que a fertilização foliar é um método de adubação em que a aplicação de fertilizantes é feita por meio das folhas das plantas e não pelo solo. Nesse caso, é necessário utilizar produtos específicos para essa técnica, que devem ser misturados à água e aplicados com a ajuda de um pulverizador ou de barra, dependendo do tamanho da lavoura.
A fertilização foliar é uma estratégia vantajosa principalmente para suprir a demanda nutricional das plantas com rapidez, ainda mais quando se trata dos micronutrientes. Isso porque a absorção desses elementos acontece de maneira mais rápida pelas folhas do que pelo solo, em que os adubos ainda correm o risco de serem lixiviados com a chuva.
Contudo, apesar de oferecer esse e outros benefícios, é preciso analisar alguns fatores antes de optar pela fertilização foliar. Tratam-se de características das plantas e do ambiente em que elas são cultivadas que podem ser determinantes para a eficiência ou não desse tipo de adubação. Confira alguns desses aspectos!
Características estruturais: na fertilização foliar, os nutrientes são absorvidos por meio de pequenas aberturas nas folhas, chamadas de estômatos. Por isso, quanto mais estômatos a espécie tiver, mais eficiente será o resultado da adubação;
Composição química: as folhas das plantas têm uma camada chamada cutícula, que é formada por dois tipos de revestimento, a cera e a cutina. Quando mais fina for a cutícula e menor a quantidade de cerca, melhor é a absorção dos nutrientes pelas folhas. Recomenda-se, inclusive, aplicar o adubo também na parte inferior da folha, que costuma ter uma cutícula mais fina que a parte superior;
Idade das folhas: a fertilização foliar também costuma funcionar melhor em folhas novas do que nas velhas. Isso porque as mais velhas costumam ter uma cutícula mais espessa, que resiste à penetração do fertilizante. As folhas mais novas, além de ter uma cutícula mais fina, também têm mais atividade metabólica, o que é favorável para a rápida absorção dos nutrientes;
Luminosidade: a luz é um componente importante para a absorção dos nutrientes. Por isso, quanto maior a luminosidade no ambiente, maior também a capacidade de absorção;
Temperatura: o ideal é que a temperatura durante a aplicação dos fertilizantes esteja entre 22º e 30ºC para potencializar a penetração dos nutrientes. Nesse sentido, é indicado aplicar os produtos durante o começo da manhã ou no fim da tarde, quando, inclusive, os estômatos estão mais abertos.
Umidade atmosférica: a absorção dos nutrientes é melhor quando a umidade atmosférica está mais elevada, o que deixa a cutícula das folhas hidratada, evitando a evaporação e mantendo o produto por mais tempo na superfície.
Todos esses aspectos influenciam na absorção dos nutrientes pelas plantas e, por consequência, na produtividade da lavoura. Por esse motivo, o ideal é consultar um profissional especializado para que ele analise todas essas condições e indique a melhor forma de fazer a fertilização foliar ou, se for o caso, outro método de adubação.
Dicas para uma fertilização foliar eficiente
Além de observar os fatores acima, também vale seguir algumas orientações para que a absorção de todos os nutrientes seja otimizada. Por exemplo, é recomendado que os fertilizantes foliares tenham nitrogênio, pois esse elemento pode ajudar na penetração dos micronutrientes nas folhas. Também é importante que a folha esteja túrgida, ou seja, cheia d’água.
Utilizar adjuvantes na mistura é outra maneira de potencializar o aproveitamento dos fertilizantes. Os espalhantes diminuem a tensão superficial da gota, enquanto os molhantes retardam a evaporação da água. Já os adesivos aumentam a aderência da mistura nas folhas, o que diminui o escorrimento e reduz o desperdício de fertilizante.
Em se tratando dos equipamentos para aplicação, também é possível tomar medidas para otimizar a absorção dos fertilizantes. O ideal é escolher bicos de pulverização que produzem gotas maiores e com maior capacidade de vazão. No caso dos pulverizadores de barra, reduza a altura delas para que a velocidade do vento não provoque o deslocamento das gotas.
Quanto ao vento, também é recomendado não aplicar quando a velocidade estiver acima de 10 km/h, a fim de evitar a deriva. Além disso, é fundamental utilizar insumos de qualidade, conforme as orientações de um profissional especializado. E no caso da aplicação simultânea de fertilizantes e defensivos agrícolas, é indispensável conferir a compatibilidade das soluções.
E então, a fertilização foliar parece uma boa alternativa para a sua lavoura? Lembre-se dessas dicas ao fazer a aplicação e tenha resultados ainda mais positivos! E se precisar de fertilizantes, conte com a Bel Agro. É só acessar o nosso site ou entrar em contato com a nossa equipe!
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